CRIANÇAS E OS PROGRAMAS ESPECIAIS

A igreja sempre espera que as suas crianças dirijam ou participem de Programas Especiais comemorativos de datas do calendário religioso eclesiástico ou social. As pessoas que trabalham com as crianças devem estar atentas para que estas oportunidades sejam educativas e contribuam para o seu crescimento. Não é desejável que estes programas sirvam para desenvolver sentimentos negativos de inferioridade em uns - os mais tímidos que participam menos - e vaidade e orgulho nos que são mais solicitados e aparecem mais. 

Alguns aspectos da realização destas comemorações que devem ser lembrados e considerados: 

1. Evitar que as crianças sintam-se “artistas” representando em shows. Por isso elas devem conhecer o objetivo do programa, o que se pretende passar e também ter a oportunidade de oferecer sugestões; 

2. O programa deve ter um tema (título) para nortear a sua organização; 

3. Se o programa for realizado no culto, não podemos colocar a pátria, a ED, a mãe, pai, criança, professor, etc., no lugar de Deus, como o centro de tudo que for feito. O CULTO É A DEUS; 

4. As datas religiosas (do Calendário Cristão) devem ser fiéis a sua mensagem bíblica. Não é aconselhável usar símbolos comerciais e sociais cujo sentido, geralmente, se misturam na mente das crianças e não raro, ofuscam o verdadeiro sentido da celebração. Por exemplo, Papai Noel e presentes no Natal e Coelhinho e ovos de chocolate na Páscoa. Já ouvi de crianças, na igreja, que o Papai Noel trouxe Jesus para a manjedoura e que Páscoa é quando o Coelhinho tira Jesus da cruz... 

5. Espera-se que os Programas Especiais comemorando datas religiosas sejam oportunidades para as crianças compartilharem com os pais e outros adultos a mensagem que aprenderam na Escola Dominical sobre o assunto. 

PREPARAÇÃO 

Escolhido o tema, a data, horário, trabalhar o assunto com as crianças, esclarecer o objetivo e organizar o que vão fazer, ouvindo suas opiniões (que cântico podemos usar? Como acham que ficará melhor contar a alegria da Páscoa? etc.); 

Preparar tudo o que for necessário ( coisas que precisará usar: cartazes, símbolos, cópias de leituras e hinos, etc.) com antecedência;
Só usar recursos(poesias, dramatizações, teatro, leituras, textos bíblicos e outros) que estão dentro do conhecimento e da experiência da criança. Fazer uma criança pequenina de boa memória, decorar poesias que falam de experiência religiosa (e outras) de adultos, não contribuirá em nada para sua educação religiosa; 

Usar mais a participação em grupo do que a individual. Envolver todas as crianças, evitar “estrelismos” e competição;
Não permitir a participação das crianças em alguma coisa na qual elas não se sintam seguras (não saber bem o cântico, não ter decorado bem). Ficarão encabuladas, frustradas, não fazendo bem feito o que teriam de fazer e ainda experimentar o “sorriso” complacente dos adultos;
Às vezes, apesar de todo cuidado anterior, o cântico, a leitura, a dramatização não saiu bonito, como esperado. Não é um desastre! Nada de “broncas” e acusações... 

Há crianças que, na última hora, não querem participar. Não force ou demonstre exagerado desapontamento. Nem faça ameaças: não convido mais você para fazer nada! Mas estimule: fica para outra vez... você gostará de participar. É sempre bom que outras crianças saibam a parte de mais destaque da apresentação e ninguém fará tanta falta.

NO DIA 

- Ter tudo pronto para evitar correrias de última hora;
- Pessoas adultas dirigindo e ajudando devem estar calmas;
- Evitar “ensaios” de última hora nervosos e irritadiços;
- Recordar com as crianças reunidas a finalidade do que vão fazer. Orar pedindo a orientação de Deus e
- Desenvolver um clima de confiança e bom humor.

DEPOIS 

- Nada de avaliações exigentes. São crianças, lembre-se!
- Mostrar apreciação e contentamento pelo que fizeram e 
- Mais tarde, com calma, as crianças são levadas a avaliar o programa: não se erraram ou não, os cânticos e as falas, mas como foi o seu comportamento e suas atitudes.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE 

Seria tão bom se as igrejas conseguissem aprender que as crianças participam de programas especiais não para se mostrarem para os adultos, para exibir a competência das(os) professoras(es), ou para fazer “bonito, mas para louvarem a Deus juntos, dentro da sua experiência e compartilharem as mensagens do amor de Deus que estão aprendendo... 

O número exagerado de fotógrafos e filmadores, na igreja, quando as crianças fazem qualquer coisa, é inaceitável. O culto se transforma em estúdio de gravações, as crianças em artistas e todos em assistentes e não, como devem ser, participantes. 

Com certeza, aparecerão alternativas educadoras: fotografar e filmar antes e depois do culto; determinar apenas uma pessoa para registrar (fotografando ou filmando). 

Ajuda bastante, quando a pessoa que dirige, explica para todos a finalidade da participação das crianças e convida todos a se unirem a elas na assimilação da mensagem, nas orações, etc.



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